Primeira paragem: Dubai!

No nosso caminho para a Índia, não seria possível sairmos de Lisboa num sábado para começarmos logo a trabalhar na 2ª feira seguinte… Assim, tomamos a difícil decisão de guardar a primeira semana inteira para viajar e para aproveitar para conhecer algum sítio!

O primeiro passo ao decidir como chegar até Mangalore - a primeira cidade em que iremos trabalhar - foi onde fazer escala e durante quanto tempo. Acabámos por optar por voar com a Emirates e fazer uma escala de 3 dias no Dubai! 

Ainda no avião, um dos passageiros ao nosso lado sentiu-se mal e acabou por ficar inconsciente. Conseguimos amparar-lhe a queda e ajudar nos primeiros cuidados possíveis  dentro do avião, até chegar a pessoa responsável pelos primeiros socorros, já com algum material de apoio. Após a confusão inicial e estabilizada a situação, a equipa a bordo mostrou-se agradecida oferecendo-nos alguns brindes da companhia (os chocolates eram mesmo bons!).   

Depois de sair dos 9ºC de uma Lisboa a entrar no Inverno, chegar aos 30º do Dubai soube mesmo muito bem!

Mesmo na época fria, o tempo está óptimo para a praia!

O sol escaldante do deserto

Acabámos por ter acesso a alojamento com a ajuda de um amigo, o que foi uma óptima maneira de começar esta grande aventura! 

Atlantis. Não, não foi aqui que ficámos. Queriam! E nós também!
Mas também não ficámos nada mal ;)

Aproveitámos estes dias para passear um pouco pelas principais atracções do Dubai, onde nasceu toda uma cidade em apenas 15/20 anos e onde a grande maioria da população são estrangeiros que estão apenas de passagem por interesse financeiro. E é exactamente por este contexto que a identidade do Dubai acaba por ser uma mistura de culturas, línguas e gentes. É um local altamente materialista e onde o show-off faz parte da forma de estar. Aqui os carros de luxo abundam e, em boa verdade, qualquer actividade que se imagine é possível, desde que se tenha dinheiro suficiente!
É realmente impressionante pensar como foi possível tanta construção em tão pouco tempo, e até que ponto é que todo este crescimento é sustentável…

No Burj Khalifa, o edíficio mais alto do mundo

No aquário de um hotel, e este nem sequer é o maior do mundo, que esse está no Dubai Mall

As grandes construções e todo o betão são a primeira coisa que salta à vista, mas hotéis e edifícios altos não são a única coisa que o Dubai tem para oferecer. Apesar de toda a modernidade, ainda é possível encontrar uma parte mais simples e com um pouco de história, em particular na zona do Dubai Creek. Aqui, vale a pena visitar os souks (mercados ao ar livre) do ouro e das especiarias e por apenas 1Dirham passar o rio num dos muitos Abras (barcos tradicionais).

Spice Souk

Loja típica no Gold Souk

Um dos locais que decidiu posar para a foto...

Conseguimos também ir ao Deserto, o que é talvez a melhor actividade que quem passe pelo Dubai sem ter muito tempo para ir aos outros Emirados pode fazer. Andar nas dunas de 4x4, passear de camelo, experimentar comida árabe de qualidade duvidosa, ver belly dancing e tanoura dancing. Tudo isto e um pouco mais em meio dia!

Os domadores de camelos

Dança Tanoura, é tipica do Egipto e é dançada por homens.

No safari ao deserto ainda fizemos amizade com dois paquistaneses e à noite combinámos com um deles ir experimentar shisha a um sítio com uma óptima vista, o Madinat Jumeirah. Foram umas boas horas de conversa com um paquistanês que emigrou para o Canadá com a sua família, e que agora estava a voltar ao seu país, onde tem alguns projectos sociais relacionados com fornecimento de àgua potável a populações desfavorecidas. 
Foi engraçado ver como esta experiência do deserto nos acabou por aproximar de pessoas que de outra forma seria altamente improvável conhecer!

Algumas diferenças interessantes, no metro:

Carruagem só para mulheres, mesmo que esteja vazia… Os homens têm que ir de pé! 

Vá lá que ninguém descobriu que levávamos bacalhau na mala!

Nas casas de banho:

Nota mental: levar sempre papel higiénico em viagem

E assim foram 3 dias em escala que valeram muito a pena! Daqui seguimos para Bombaim! Do luxo e da extravagância voamos directamente para um país do terceiro mundo… Vamos ver como corre o impacto… Brevemente, num próximo post!